O colorido de Piranhas e o meu encontro com o sertão

Eu não sei em que momento eu desviei o meu caminho, mas é fato que eu deveria ter nascido no Nordeste. Eu tenho uma paixão tão grande por essa região do Brasil que deve haver alguma explicação além do meu entendimento. Provavelmente não por acaso nasci no dia de São João, uma das festas mais importantes do Nordeste, onde até feriado é! Um dos meus cantores favoritos também vem de lá... Djavan - um alagoano de voz doce.

E, obviamente, minha listinha de lugares para conhecer na terra do sol e do povo acolhedor só vai aumentando. Esse ano eu tive a oportunidade de realizar um grande sonho viajante: conhecer o sertão. Enquanto muitas pessoas desejam ir para Paris ou Nova York, eu queria conhecer o sertão, a caatinga, o habitat natural dos cactos, do calor escaldante e de um pedaço muito importante da história do nosso país.

E no meio desse sertão cheio de mitos e histórias, tinha um velho experiente a minha espera: o Rio São Francisco. Meu primeiro encontro com o Velho Chico foi do alto do hotel onde nos hospedamos (Pedra do Sino Hotel). A vista panorâmica para o rio é de emocionar. O silêncio e a paz que aquele lugar nos traz é impossível descrever em palavras... só estando lá para sentir. Mas vou tentar traduzir aqui a minha experiência.

Vista privilegiada do nosso hotel

Além de conhecer o sertão, também tinha muita vontade de navegar pelos Cânions do Rio São Francisco. E para fazer esse passeio, existem algumas opções: ficar hospedado em Piranhas (Alagoas); ficar hospedado em Canindé de São Francisco (Sergipe) ou fazer um bate e volta a partir de Aracajú. O bate e volta foi descartado porque é uma viagem longa e muito cansativa (e nós estávamos em Maceió). Com isso, escolhemos Piranhas, linda, tranquila e famosa pelo cangaço de Lampião e Maria Bonita, a cidade colorida foi reconhecida como Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN.

Canindé de São Francisco

Piranhas é uma cidade encantadora. Pequena e silenciosa, foi responsável por tirarmos uma noite em Recife no nosso roteiro pelo Nordeste. Eu me apaixonei por Piranhas, teria ficado ainda mais tempo. O que tem lá? Essencialmente paz e beleza... e era tudo o que eu precisava naquele momento. A imensidão do Velho Chico ao alcance dos olhos, um silêncio avassalador, o colorido de suas casas e muita beleza natural.

O colorido de Piranhas

Uma cidade que nos brinda com uma vida simples e desacelerada, e que nos convida a ficar à vontade, de chinelo e roupa de praia o dia inteiro, despreocupados... como as férias devem ser!

Dizem que quem se banha naquelas águas sempre quer voltar. Acho que eu concordo...  :)

Velho Chico - esplendoroso

O cantor Altemar Dutra também foi outro grande apaixonado por Piranhas, e seu nome batiza a Rodovia, a orla fluvial e até os restaurantes da cidade.

Nosso breve roteiro em Piranhas foi assim:

Dia 1:
>> Visita incrível à CHESF - Usina Hidrelétrica de Xingó e passeio pelos Cânions do Rio São Francisco

Dia 2:
>> Passeio de barco pelo outro lado do Rio São Francisco e trilha da Rota do Cangaço. Fôlego retomado, uma visita ao Museu do Sertão.

Dia 3:
>> Passeio pelo Centro de Artesanato, fotos na cidade e #partiuMaceió.

Onde comer:
> O restaurante do hotel onde nos hospedamos - Pedra do Sino - é aberto ao público e eles servem um típico café nordestino, com cuscuz e todas as delícias da terrinha (a administração é da mesma família do restaurante Flor de Cactus).

Pedra do Sino Hotel

> Pizzaria, Cachaçaria e Sushi Bar Altemar Dutra: conhecemos o sushi bar e gostamos bastante. Costuma ter música ao vivo às quintas e sábados, e às vezes aos domingos. Não funciona às segundas (garanta algo para comer no hotel neste dia!).

Sushi Bar Altemar Dutra

> Restaurante Flor de Cactus: localizado no Mirante Secular, tem vista panorâmica para o Velho Chico e para a cidade histórica de Piranhas, um vento delicioso que te abraça, silêncio e música ambiente. Lugar simples e comida honesta.

Vista do Mirante Secular

O que fazer:
> Visitar o Centro de Artesanato, Artes e Cultura e conhecer o trabalho local.

> Museu do Sertão: a visita é breve, mas riquíssima. Muita história em forma de objetos e acessórios, vale a pena conhecer. Funciona de terça a domingo, das 08h às 17h. Na foto, Theo praticamente um nativo, super à vontade descalço no museu! :)

> Fazer uma visita à CHESF - Usina Hidrelétrica de Xingó. Uma obra gigantesca, imponente e belíssima. Fica em Canindé de São Francisco, em Sergipe - é tudo tão colado que mal dá pra saber onde começa Sergipe e termina Alagoas. Achei esse passeio muito legal! Pagamos R$ 40,00 por carro.

Funciona assim: tem que ir até a recepção da CHESF, pagar e colar o adesivo de identificação de visitante. Um guia acompanha os turistas no carro e todos seguem em direção à usina.

> Passeio pela orla fluvial Altemar Dutra: não tinha muito movimento na época que fomos (Maio), mas tinha um trem que fez a alegria do Theo (difícil foi sair dali).

> Torre do Relógio: fica em frente ao Museu do Sertão e tem um café. Não chegamos a entrar.

> Subir a escadaria da igreja para ver as cabeças mais valiosas do cangaço: Lampião, Maria Bonita e seu bando. Não tivemos tempo nem coragem para encarar os degraus, mas queria muito ter subido.

> Tire uma foto de Padim Ciço, o padroeiro do Nordeste, e agradeça por este lugar tão incrível!

 > Leve para casa o colorido de Piranhas!

Facilidades:
> A cidade tem mercadinhos honestos para compras de emergência. Para produtos específicos ou remédios, recomendo levar. Se você for para Piranhas saindo de Maceió, pare no Shopping Arapiraca  (que fica a 2h de Piranhas) e se abasteça.

------------------------------------------------------------
Acompanhe nossas dicas pelas Redes Sociais!

Clique no botão laranja acima para receber nossos posts por e-mail. Você pode se descadastrar quando quiser!

------------------------------------------------------------
Está procurando hospedagem em Piranhas? Pesquise no nosso parceiro Booking.com. Você garante os menores preços e ainda pode cancelar sua reserva gratuitamente!