Sabe aquele lugar que vai te conquistando aos poucos? Foi exatamente o que aconteceu comigo ao entrar no Memorial da Resistência de São Paulo, um museu que se dedica à preservação das memórias da resistência e da repressão políticas do país. Se você acha o Brasil um país sem memória, precisa conhecer este lugar.
Comecei minha visita por uma mostra temporária chamada Yuyanapaq, sobre a violência no Peru entre 1980 e 2000, com histórias intensas e fotografias bastante chocantes na minha opinião. De início a gente não tem ideia do que vai encontrar lá dentro, pelo menos eu não tive.
Pelas paredes do Memorial é possível conhecer também um pouco da história do prédio onde ele está situado, que originalmente abrigava armazéns e escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana. O local passou a se chamar Estação Pinacoteca após uma reforma, e desde então passou a receber parte do programa de exposições da incrível Pinacoteca do Estado, que eu também amei conhecer.
Uma das frases que gostei: "Um povo sem memória é um povo sem destino" |
Comecei minha visita por uma mostra temporária chamada Yuyanapaq, sobre a violência no Peru entre 1980 e 2000, com histórias intensas e fotografias bastante chocantes na minha opinião. De início a gente não tem ideia do que vai encontrar lá dentro, pelo menos eu não tive.
Mulher exibe nas mãos a foto 3x4 de um familiar desaparecido em Ayacucho, Peru |
Pelas paredes do Memorial é possível conhecer também um pouco da história do prédio onde ele está situado, que originalmente abrigava armazéns e escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana. O local passou a se chamar Estação Pinacoteca após uma reforma, e desde então passou a receber parte do programa de exposições da incrível Pinacoteca do Estado, que eu também amei conhecer.
Essa sala eu achei super interessante: uma tela touch screen onde o visitante pode deslizar o dedo sobre o "tema" de seu interesse e explorar seus significados.
Em seguida chegamos a uma sala com as paredes completamente tomadas de... memórias! Um trabalho sensacional de documentação que deixa qualquer um impressionado. Queria ter tido mais tempo para poder ler tudo com calma, é muuuuita informação! Reparem nesse pilar antigo que foi mantido no meio da sala, lindo!
Depois começam as celas onde os presos políticos ficavam no período da ditadura militar (1964 - 1985). Só de selecionar as fotos para este post eu já me arrepiei toda. As frases dos presos (que sobreviveram para contar) estampadas nas paredes revelam o sofrimento vivido entre aquelas quatro paredes. Difícil escolher uma palavra para definir a experiência de conhecer este museu, mas certamente "chocante" seria uma delas. Comoção também.
[Clique para ampliar]
Eu não sei nem se deveria dizer "uma das partes do Memorial que eu mais gostei", porque soa estranho dizer isso, mas muito me impressionaram estas faces de papel.
Cela 2 |
463 |
O Memorial tem mais dois andares com exposições, que se dividem entre fixas (história do Modernismo) e temporárias, mas depois desse soco no estômago, fiquei meio inerte ao que se sucedeu, embora tenha achado tudo muito impressionante e organizado. Minha dica? Melhor sentar, respirar e tomar um café...
* Agradeço imensamente à Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo pelo apoio a minha visita, e a super Gabi Carvalho pela paciente companhia.
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Estação Pinacoteca | Memorial da Resistência
Largo General Osório, 66 - Luz/ São Paulo
Terça a Domingo, das 10h às 18h | Entrada gratuita!
Acesso de pedestres pela Rua Mauá | Acesso de carros pela Rua José Paulino
www.memorialdaresistenciasp.org.br
* A exposição fixa conta com placas explicativas em inglês
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Oi Karla.
ResponderExcluirQue país é este?
Se não preservarmos, o que será de nossos filhos?
Alex Rj